segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Actividade de Consolidação - Página 108

1. Nos exemplos de acções a seguir apresentados, identifica aqueles em que a acção respeita o dever e aqueles em que a acção está apenas em conformidade com o dever. Justifica.

a)      "Não explora os clientes incautos, aumentando indevidamente os preços, porque se apercebe que esse comportamento acabará por ter consequências prejudiciais para a sua reputação e, paralelamente, para os seus proventos."  

Esta acção é uma acção apenas em conformidade com o dever porque o vendedor não explora os clientes aumentando indevidamente os preços o que não é imoral mas por outro lado só não o faz porque sabe que pode ter problemas em fazê-lo como por exemplo pôr em risco a sua reputação e isto tem a ver com o seu interesse em ganhar mais dinheiro.
    
b)      "É generoso e solidário porque é essa a sua natureza e sentir-se-ia desconfortável se não ajudasse os outros quando passam por dificuldades."

Esta acção é uma acção apenas em conformidade com o dever porque a pessoa ao ajudar está a praticar uma acção moral mas não o faz por ser o seu dever mas sim pelo facto de que ia se sentir mal ao não o fazer.

c) "Diz a verdade ao amigo sobre a gravidade do seu estado de saúde apesar de lhe custar muito magoá-lo."
 Esta acção é uma acção que respeita o dever porque ele diz ao amigo a verdade, opta por dizer a verdade, mesmo sabendo a consequência de magoar o amigo.
 
d) "É leal para com o amigo pois ele também sempre lhe manifestou lealdade"
Esta acção é uma acção apenas em conformidade com o dever porque a pessoa está a agir correctamente ao ser leal ao amigo mas este não o faz por ser seu dever mas sim porque o amigo também sempre lhe foi leal.

e) "Tratou bem o paciente, apesar de este ser um criminoso, reconhecido pela sua crueldade."
Esta acção é uma acção que respeita o dever porque é o seu dever ajudar qualquer tipo de paciente, seja ele criminoso ou não.
2. Dois dos exemplos a seguir apresentados implicam contradição com a Lei e um implica contradição na vontade. Procede à respectiva identificação e justifica.
a) "Fazer uma promessa, sabendo que não a poderei cumprir."
Este exemplo implica uma contradição na vontade porque a pessoa promete fazer alguma coisa mas sabe não que não o cumprir e segundo Kant devemos sempre cumprir as nossas promessas porque é esse o nosso dever.


b) "Não ser nunca solidário com os outros."
Este exemplo implica uma contradição com a Lei porque a lei diz para sermos solidários pois esse é o nosso dever.

c) "Mentir se for necessário para tirar proveito pessoal de uma situação."
Este exemplo implica uma contradição com a Lei porque mentir para tirar proveito pessoal é sinal de egoísmo, de imoralidade, pois se todos mentissem por proveito próprio não teríamos uma sociedade verdadeira, e se em caso de necessidade ninguém ajudaria ninguém.



3. Considera as seguintes concepções sobre a origem e natureza do dever:

a)      "É o sentimento que me mostra o que devo fazer."


b) "Porque sou um ser racional, e partilho a racionalidade com todos os seres humanos, sei o que devo fazer, a razão mostra-me o caminho que devo seguir."


c) "A sociedade inculca em mim princípios que me permitem reconhecer os meus deveres."


1- Destas diferentes concepções qual a que Kant subscreveria? Porquê?
Kant subscreveria a concepção b), porque de acordo com Kant a ética katiana é uma ética racionalista porque é na razão que se fundamenta a lei moral


2- Qual destas concepções te sentes inclinada a adoptar? Porquê?
Destas concepções eu sinto me inclinada a adoptar a concepção c) porque normalmente faço o que o meu coração diz que devo fazer mesmo se esse acto for errado.

3- Qual a que te parece menos plausível? Porquê?
A concepção que me parece menos plausível é a c), porque acho que não deviam ser os outros a decidir o que eu devo fazer mas sim eu própria, cada um tem direito que ser livre, fazer o que acha que está certo, pensar por si próprio sem que os outros digam o que fazer, esta é a minha opinião mas por outro lado acho que esta concepção também é aceitável porque a sociedade leva-me a conhecer os meus deveres e quando me integro numa sociedade, essa mesma sociedade espera que faça algo, que tenha um papel e para isso tenho que saber os meus deveres.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Relatório da Aula do dia 28 de Janeiro de 2011


Relatório da Aula do dia 28 de Janeiro de 2011

A Ética de Kant: caracterização da acção moral
·         Acções legais ou conformes ao dever:
São acções boas (não são imorais) que, contudo, não respeitam absolutamente o dever porque o cumprem por interesse ou por qualquer outro motivo (não difamar por receio das consequências)
·         A acção moral por respeito ao dever: são acções boas que cumprem o dever por puro e simples respeito pelo dever (não difamar porque não devo difamar)
·         A acção só é por dever, isto é, a acção só é moral quando nela a intenção ou o motivo coincide com o dever. As consequências e efeitos exteriores à minha acção nada me dizem acerca da intenção da acção.
·         A acção moral está por isto centrada na intenção boa determinada pela racionalidade da nossa vontade.
·         A nossa vontade age através de imperativos que são:
·         “Fórmulas que exprimem a relação de leis objectivas do querer em geral com a imperfeição subjectiva da vontade deste ou daquele ser racional, por exemplo, da vontade humana”
·         Isto significa que a vontade humana deve ser boa, mas nem sempre o é na medida em que pode escolher seguir a sua máxima mesmo que esta não possa ser aceite por todos sem que se ponha em causa a si mesma ou entre em contradição consigo própria.
·         Os imperativos hipotéticos
·         (1) Os imperativos hipotéticos representam uma acção possível, ou um meio através do qual se consiga atingir qualquer outra coisa que se quer. A acção só é boa se enquadrar a sua intenção dentro do possível e do real.
·         Perspectivas contrárias à Ética de Kant
·         Eudemonismo – tendência ética segundo a qual a felicidade é o sumo bem.
·         Hedenismo – tendência da filosofia moral segundo a qual o prazer entendido como bem estar é o bem sumo bem.
·         Em ambos os casos as acções são ordenadas como meios úteis para se obter um fim se obedecermos a estes imperativos, não estamos a agir normalmente.
·         (2) Os imperativos categóricos representam uma acção necessária sem relação com o outro fim a não ser ela própria.
·         Kant pensa que a moralidade se resume a um princípio fundamental, do qual derivam todos os nossos deveres e obrigações. Sendo imperfeita a nossa vontade o imperativo ou princípio que a deve determinar é categórico ou seja apresenta a forma de obrigação.
·         Kant chamou a este Princípio O imperativo categórico e na Fundamentação da Metafísica dos Costumes exprimiu-o desta forma:
“Age unicamente de acordo com a máxima que te faça simultaneamente desejar a sua transformação em lei universal.